sexta-feira, 16 de setembro de 2016

SUSTENTABILIADE-NOVAS FONTES DE ENERGIA

E na onda da busca por novas fontes de energia que não tenham impacto sobre o meio ambiente, fui motivado a postar uma ótima opção, baseada num dos paradoxos mais escrotos do mundo NERD. O paradoxo do gato e do pão com manteiga foi utilizado como princípio para idealizar o BREADCAT GENERATOR.

Pincípio 1 - "Gatos sempre caem de pé"
Princípio 2 - "Fatias de pão com manteiga sempre caem com a manteiga para baixo."

Teoria:

1. Amarre a fatia de pão nas costas do gato com o lado da manteiga para cima, formando assim o gato-pão.
2. Largue o gato-pão de uma certa altura. O gato-pão não cairá, pois os princípios 1 e 2 farão com que ele entre em rotação.
3. Amarre o gato-pão a uma bobina geradora e pronto. Você terá energia de uma fonte de energia menos agressiva ao meio ambiente.

Abaixo segue imagens de como montar seu "BREADCAT ULTRA CLEAN ENERGY GENERATOR"

https://twitter.com/eloimarques/status/673998796695715840



"Morre ator da novela Velho Chico"

Estava eu sentado numa pedra à beira de um açude, à boca da noite, concentrado na empreitada de tentar fisgar um peixe, um peixinho qualquer que fosse, a fim de lavar minha honra. Péssimo pescador que sou, de diversas tentativas e lugares diferentes, nunca tive o prazer de pescar um peixe sequer. Estava alí a quase duas horas, e nenhuma piaba sequer. A-pi-edei-me de mim. Do lado que estava do açude avistei "o melhor lugar pra pescar" do outro lado. Aquele cantinho que sempre está ocupado por ser o melhor lugar para as investidas sorrateiras contra os inofensivos (e deliciosos) peixinhos. Animei-me. Minha sorte mudaria. Recolhi a linha de dentro da água - com a isca ainda intacta - e levantei empolgado. Mas enquanto entornava o açude, tiro o celular do bolso. SEIS chamadas perdidas de minha digníssima esposa. Ia retornar quando a sétima chamada acabara de chegar. Atendi.

-Fran! (apelido carinhoso que ela me pusera) Fran! Graças a deus. Já estava preocupada.
-Mas o que aconteceu, amor? Por que tanta aflição?
-Santo da Novela velho chico morreu afogado. venha logo pra casa.
-Ah, tá. Novelas (ela é muuuuuuuuuito noveleira). Decidiram matar o ator principal agora nessa novela? Que trágico. Ele não vai morrer. Vai sumir de novo mas depois aparece. É sempre o mesmo enredo.
-Mas ele morreu mesmo.
-Ah, já passou ele morto?
Irritado com a aflição aparentemente desnecessária da mulher, me aproximava do início da parede do açude, a fim de atravessá-la.
-Estava a trinta metros de profundidade. Venha logo pra casa, amor. Por favor.
-Mas que autor sem criatividade. Não tinha outro tipo de morte pra ele não? Vou dar uns lances alí do outro lado e depois vou pra casa.
-Ele morreu de verdade! (começa a chorar e eu finalmente entendo e me dou conta da gravidade do fato.) Você fica zombando do sentimento da gente. Eu aqui preocupada com você porque você não sabe nadar, e esse açude tem trinta metros de profundidade. Aí recebo a notícia de que o ator morreu, fico aflita, te ligo um monte de vezes e você não atende, e quando atende e a gente tá preocupada, você nem se importa.
-Ah! (me sentindo idiota) "O ATOR" da novela morreu na vida real? Foi isso?
-Foi, Fran. Num vai mais pra canto nenhum não. Venha pra casa, por favor. Estou com o coração apertado.
Eu, meio receioso, decido de fato não mais ir para a borda do açude.
-Claro amor. Já estou indo.
Considero ainda dar uma passadinha num localzinho razinho, onde sempre tinham algumas tilápias-salvar minha honra-, à frente da parede do açude. Avisto um rebanho de bois. Paro, penso, fico com medo dos bois e retorno. Vai que um boi resolve me atacar: "Professor morre após ser atacado por um boi raivoso próximo ao açude" (a mulher me deixou com medo). Enfim, resolvo atender à minha esposa, acalmar o coração dela e resolvo ir pra casa.
Sem honra por não ter pego nenhum peixe.
Sem honra por ter sentido medo dos bois (um moleque chegara e começara a tocar o rebanho).
Trágico.
Chego próximo a minha casa. minha mulher me encontra aliviada. Eu a abraço e a consolo.
É o meu abraço de pêsames pela perda do ator que ela tanto adorava (e que sequer sabia que ela existia). Estou certo de que ela ficará de luto.

Cidade, City, Cité

"atrocaducapacaustiduplielastifeliferofugahistoriloqualubrimendimultipliorganiperiodiplastipublirapareciprorustisagasimplitenaveloveravivaunivora
cidade
city
cité"
(Augusto de Campos)
Esse poema é uma trêta.
Num primeiro momento, você pensa que é mais uma piração daquela onda de contemporaneidade, onde o sentido é não fazer sentido [risos]. Porém, se você observar bem, irá perceber (só que não) que o título, na realidade, é o bizu da trêta toda do poema. Por isso acho este poema muito f…
Primeiro pela sacada que o autor, Augusto de Campos teve na hora de fazê-lo. Segundo pela forma como, ao ser recitado, percebemos a separação natural dos radicais nos quais, inserindo-se os sufixos “cidade”, “city” e “cité”-que são o título do poema-, cada radical gera uma palavra em três idiomas diferentes: português, inglês e francês. Vê só como fica:
atroCIDADE, atroCITY, atroCITÉ
caduCIDADE, caduCITY, caduCITÉ,
e assim por diante para os demais radicais (capa, causti, dupli, elasti, feli, fero, fuga, histori, loqua, lubri, mendi, multipli, organi, periodi, plasti, publi, rapa, recipro, rusti, saga, simpli, tena, velo, vera, viva, uni, vora).
São nada mais, nada menos do que VINTE E NOVE radicais, que, multiplicados por três sufixos, resultarão em 87 vocábulos. Bacana, né? É. E como se não bastasse, o “féla” ainda dispôs os radicais no poema em ordem alfabética. Genioso. Muito genioso. Um salve pro Augusto e seu poema trêta.